quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O Racismo no Brasil

Arte do ilustrador polonês Pawel Kuczynski
Faça o teste do "pescoço" e enterre seu discurso de que no Brasil "não tem racismo".

1. Andando pelas ruas, meta o pescoço dentro das joalherias e conte quantos negros/as são balconistas;

2. Vá em quaisquer escolas particulares, sobretudo as de ponta como; Objetivo, Dante Alighieri, Positivo, Bom Jesus, entre outras, espiche o pescoço pra dentro das salas e conte quantos alunos negros/as há . Aproveite, conte quantos professores são negros/as e quantos estão varrendo o chão;

3. Vá em hospitais tipo Sírio Libanês, enfie o pescoço nos quartos e conte quantos pacientes são negros, meta o pescoço a contar quantos negros médicos há, e aproveite para meter o pescoço nos corredores e conte quantos negros/as limpam o chão

4. Quando der uma volta num Shooping, ou no centro comercial de seu bairro, gire o pescoço para as vitrines e conte quantos manequins de loja representam a etnia negra consumidora. Enfie o pescoço nas revistas de moda , nos comerciais de televisão, e conte quantos modelos negros fazem publicidade de perfumes, carros, viagens, vestuários e etc

5. Vá às universidades públicas, enfie o pescoço adentro e conte quantos negros há por lá: professores, alunos e serviçais;

6. Espiche o pescoço numa reunião dos partidos PSDB e DEM, como exemplo, conte quantos políticos são negros desde a fundação dos mesmos, e depois reflitam a respeito de serem contra todas as reivindicações da etnia negra.

7. Gire o pescoço 180° nas passeatas dos médicos, em protesto contra os médicos cubanos, e conte quantos médicos/as negros/as marchavam;

8. Meta o pescoço nas cadeias, nos orfanatos, nas casas de correção para menores, conte quantos são brancos, é mais fácil;

9. Gire o pescoço a procurar quantas empregadas domésticas, serviçais, faxineiros, favelados e mendigos são de etnia branca. Depois pergunte-se qual a causa dos descendentes de europeus, ou orientais, não são vistos embaixo das pontes ou em favelas ou na mendicância ou varrendo o chão;

10. Espiche bem o pescoço na hora do Globo Rural e conte quantos fazendeiros são negros, depois tire a conclusão de quantos são sem-terra, quantos são sem-teto. No Globo Pequenas Empresas& Grandes Negócios, quantos empresários são negros?

Por Luh de Souza e Francisco Antero.

domingo, 19 de maio de 2013

O Nó da Gravata...



Estava eu sentado ao fundo do Interbairros II quando não resisto e escuto a história de duas mulheres sentadas ao meu lado. Sei que isso é feio, mas foi difícil resistir.

Pois bem, como disse, estava ali, quietinho matutando sobre a vida quando duas mulheres sentam ao meu lado e iniciam um diálogo. Irei me referir a elas como C1 e C2 para facilitar na oratória...

C1 -  Menina, não aguentava mais as puladas de cerca do meu marido, não sabia o que deveria fazer!! Resolvi pedir uma palavra do pastor...

C2 -  E como foi?

C1 -  Então, depois que contei para ele o quanto meu marido me traía e o quanto estava difícil de aguentar a situação ele me perguntou se meu marido costumava usar terno. Eu disse que não, pois no culto ele vai como camisa social e calça jeans, mas de terno não e o trabalho dele não exige um ar tão formal.

C2 -  Mas como assim? Por que terno?

C1 - Então, na hora também estranhei, mas ai ele me explicou e ficou tudo muito claro. Ele me disse para começar a levar ele no culto de terno e gravata e para que no momento em que ele fosse se arrumar para sair era para eu fazer o meu papel de mulher, o ajudando a se arrumar e principalmente, dar o nó em sua gravata.

C2 - Nó na gravata? Como assim?



C1 -  Isso mesmo, nó na gravata. Isso tem que ser feito pelo menos uma vez por semana e na hora que eu dou o nó tenho que mentalizar: "tá amarrado em nome de Jesus!" Menina, depois disso meu marido mudou tanto!!

C2 - Sério? Que legal! É de se pensar em também colocar o sinto e amarrar os sapatos, dai amarra 4x em uma só!

Fim.

Obviamente me doeu o estomago de tanto rir no primeiro impacto, mas ao mesmo tempo me da uma dor tremenda de ver até que ponto vai o ser humano...

Enfim, Seria então a gravata uma forma de mandinga no mundo evangélico? Qual a diferença em dar nó na gravata ou amarrar a boca de um sapo?



Realmente não entendo...

terça-feira, 14 de maio de 2013

A ironia de Machado de Assis sobre a Abolição da Escravidão



A fina ironia de Machado de Assis sobre a Abolição da Escravatura. Na crônica abaixo, o saudoso escritor aborda a questão do “fim da escravidão”, que havia ocorrido oficialmente no dia 13 de maio de 1888

Por Machado de Assis

Bons dias!
Eu pertenço a uma família de profetas après coup, post factum, depois do gato morto, ou como melhor nome tenha em holandês. Por isso digo, e juro se necessário fôr, que tôda a história desta lei de 13 de maio estava por mim prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos, mais ou menos. Alforriá-lo era nada; entendi que, perdido por mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar.
Neste jantar, a que meus amigos deram o nome de banquete, em falta de outro melhor, reuni umas cinco pessoas, conquanto as notícias dissessem trinta e três (anos de Cristo), no intuito de lhe dar um aspecto simbólico.
machado de assis racismo escravidão
Machado de Assis. Crônica publicada no jornal Gazeta de Notícias, em 19 de maio de 1888. (Foto: Arquivo)
No golpe do meio (coup du milieu, mas eu prefiro falar a minha língua), levantei-me eu com a taça de champanha e declarei que acompanhando as idéias pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía a liberdade ao meu escravo Pancrácio; que entendia que a nação inteira devia acompanhar as mesmas idéias e imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era um dom de Deus, que os homens não podiam roubar sem pecado.
Pancrácio, que estava à espreita, entrou na sala, como um furacão, e veio abraçar-me os pés. Um dos meus amigos (creio que é ainda meu sobrinho) pegou de outra taça, e pediu à ilustre assembléia que correspondesse ao ato que acabava de publicar, brindando ao primeiro dos cariocas. Ouvi cabisbaixo; fiz outro discurso agradecendo, e entreguei a carta ao molecote. Todos os lenços comovidos apanharam as lágrimas de admiração. Caí na cadeira e não vi mais nada. De noite, recebi muitos cartões. Creio que estão pintando o meu retrato, e suponho que a óleo.
No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com rara franqueza:
- Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens casa amiga, já conhecida e tens mais um ordenado, um ordenado que…
- Oh! meu senhô! fico.
- …Um ordenado pequeno, mas que há de crescer. Tudo cresce neste mundo; tu cresceste imensamente. Quando nasceste, eras um pirralho dêste tamanho; hoje estás mais alto que eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos…
- Artura não qué dizê nada, não, senhô…
- Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-réis; mas é de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito mais que uma galinha.
- Justamente. Pois seis mil-réis. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete.
Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil adquirido por um título que lhe dei. Êle continuava livre, eu de mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos.
Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio; daí pra cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés, um ou outro puxão de orelhas, e chamo-lhe bêsta quando lhe não chamo filho do diabo; cousas tôdas que êle recebe humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre.
O meu plano está feito; quero ser deputado, e, na circular que mandarei aos meus eleitores, direi que, antes, muito antes da abolição legal, já eu, em casa, na modéstia da família, libertava um escravo, ato que comoveu a tôda a gente que dêle teve notícia; que êsse escravo tendo aprendido a ler, escrever e contar, (simples suposições) é então professor de filosofia no Rio das Cobras; que os homens puros, grandes e verdadeiramente políticos, não são os que obedecem à lei, mas os que se antecipam a ela, dizendo ao escravo: és livre, antes que o digam os poderes públicos, sempre retardatários, trôpegos e incapazes de restaurar a justiça na terra, para satisfação do céu.
Boas noites.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Controlar o pH do corpo significa ter saúde e ficar livre de doenças




O pH do corpo afeta toda a nossa saúde, equilibrar o pH é um passo importante para manter a saúde física, mental e emocional, é vital para a saúde de todo o nosso organismo.

O equilíbrio entre acidez e alcalinidade, e sua importância para a saúde, pode ser explicado de um modo simples. Este equilíbrio é essencial para uma boa saúde de todo nosso corpo.


O Básico

Cada solução é ou ácida ou alcalina. Essas soluções podem ser qualquer coisa como fluidos corporais, o ácido do estômago e do sangue, bebidas como vinho ou café ou a água do mar.

Acidez e alcalinidade são medidas em pH (potencial de hidrogênio). A escala de pH vai de 0 a 14, com 0 a mais ácida, e 14 o mais alcalino. O pH ácido do estômago é 1 o vinho é de 3,5, a água é 7 (neutro), o sangue venoso é 7,35, o sangue arterial é de 7,4, a água do mar é de 8,5, e bicarbonato de sódio é de 12. Idealmente, o nosso pH deve permanecer no lado alcalino: entre 7,35 e 7,45.

Mantendo nossa acidez e alcalinidade equilibrada significa que regulamentam a concentração de íons de hidrogênio nos fluidos do nosso corpo.

Um ácido é uma molécula ou íon (um íon é um átomo que carrega uma carga elétrica positiva ou negativa) que podem contribuir com um íon de hidrogênio a uma solução.

Uma substância alcalinizante é aquele que contém uma molécula ou íon que se combina com íons de hidrogênio para neutralizar os ácidos e age como um amortecedor.

Os Equívocos

Os alimentos são classificados como ácidos ou alcalinos, dependendo do efeito que têm no nosso organismo. Um ácido que forma íons de hidrogênio dos alimentos contribui para o corpo se tornar mais ácido.

Um alimento alcalinizante remove os íons de hidrogênio do corpo, tornando-o mais alcalino.

É importante notar que esta classificação é baseada em alimentos que têm efeito sobre o organismo após a digestão, e não em seu teor de acidez ou alcalinidade intrínseca.

Um equívoco comum é que, se um alimento que tem sabor ácido, terá um efeito formador de ácido no corpo. Isso não é necessariamente verdadeiro. Muitas vezes, um alimento ácido após a digestão torna o nosso organismo alcalino. As frutas cítricas são um bom exemplo.

As pessoas dizem que os limões, por exemplo, são “muito ácidos”, mas eles são realmente os minerais alcalinizantes porque eles após a digestão ajudam a remover os íons de hidrogênio, reduzindo a acidez do corpo.

(Muitas pessoas usam o termo “resíduo” ou “cinzas” para explicar o efeito de um alimento para o corpo. Um alimento com uma cinza ácida após a digestão contribui com íons de hidrogênio, tornando o organismo mais ácido, um alimento com uma cinza alcalina após a digestão remove os íons de hidrogênio, fazendo o corpo ficar mais alcalino).

Alimentos formadores de ácidos incluem junk food, alimentos processados e aqueles que são ricos em proteína animal. Alguns alimentos alcalinizantes são: espinafre, soja, passas, cenoura, frutas e cítricos.

O Problema

Olhando para esta lista curta de alimentos formadores de ácidos e alimentos alcalinios, você pode ver onde está o problema. Norte-americanos comem muito mais alimentos formadores de ácidos do que os alimentos alcalinizantes. Infelizmente, o ácido em excesso pode causar problemas de saúde.

Acidose, ou o excesso de acidez nos tecidos do corpo é uma das causas fundamentais das doenças, especialmente as doenças artríticas e reumáticas.
Nos casos de diabetes, úlceras, hipertensão arterial, câncer, problemas cardíacos, há um desequilíbrio do pH no organismo tendendo para a acidez.

Acidose destrói os ossos, pois o corpo tem que roubar alcalinizantes minerais a partir deles, para manter o pH do sangue. “Dra. Mary Ruth comenta:” Nós nos tornamos muito cheios de ácido e, como resultado, estamos experimentando uma grande variedade de doenças que florescem no meio ácido.

“Dr. Yoshihide  menciona que, “se este equilíbrio (ácido e alcalino) ficar desbalanceado, o metabolismo celular sofre, levando a vários tipos de doenças como a fadiga”.

Os sintomas comuns de um pH desequilibrado incluem azia (sensação de queimação no estômago, ácida degustação e arrotos), flatulência, arrotos e sensação de saciedade depois de comer pequenas quantidades de alimentos.

Outros sintomas podem incluir insônia, retenção de água, enxaquecas, prisão de ventre com diarréia, cansaço, sensação de queimação na língua e na boca e halitose.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

A onda Bolsonaro e o despertar do neonazismo

Jair Bolsonaro foi responsável por acordar os nazistas na rede, mostra pesquisa.


Em 11 de maio de 2011, o Ceará eliminou o Flamengo na Copa do Brasil. No dia seguinte, a Safernet, organização que monitora crimes de ódio na rede, recebeu mais de cinco mil denúncias sobre perfis do Twitter que incitavam o ódio contra nordestinos na internet. Fenômeno similar foi observado pouco antes, em novembro de 2010, na eleição de Dilma Rousseff – que teve maior votação no Nordeste. Foram quase três mil denúncias de manifestações preconceituosas na rede social logo no dia seguinte.

Outras datas tiveram picos de denúncias: o dia seguinte ao lançamento da campanha #HomofobiaNão, no Twitter, seguida da #HomofobiaSim, em 19 de novembro de 2010.

Até então, alguns perfis detonadores, como a da estudante de direito Mayara Petruso, eram responsáveis tanto pela onda de ódio como pela indignação dos usuários ao preconceito veiculado, como reação, na rede. Em 2011, no entanto, quando algumas figuras públicas começaram a fazer declarações de ódio, racismo e homofobia explícitas, veiculadas pela mídia, os picos, ainda que menores, começaram a ser cada vez mais frequentes.

Entre todos os episódios, ninguém encarnou tão perfeitamente o fenômeno como o ex-militar Jair Bolsonaro. Deputado federal pelo PP do Rio, Bolsonaro tornou-se fenômeno midiático quando, em abril de 2011, fez declarações racistas/homofóbicas no programa CQC – Custe o que Custar, do rede Bandeirantes. Questionado pela cantora Preta Gil o que faria se seu fiho se apaixonasse por uma negra, Bolsonaro respondeu: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu”. A repercussão deixou o parlamentar por algumas semanas em exposição intensa na mídia. Com isso, os neonazistas acordaram.

Thiago Tavares, presidente da Safernet, explica que, ao expor as opiniões publicamente – e não sofrer retaliações – Bolsonaro despertou a atividade das células neonazistas que atuam no Brasil. Até então, a internet servia apenas como canal de comunicação intergrupos. Encorajados, no entanto, os neonazistas começaram a usar o Twitter como campo de batalha, um lugar para expor suas ideias, praticar o ódio e angariar simpatizantes. “Acabam se sentindo legitimados e encorajados”, afirma ele.

Cena do filme a vida é bela

Outro personagem público que contribuiu para o despertar dos nazistas nas redes foi Danilo Gentili, do mesmo programa em que Bolsonaro tornou-se astro. “Entendo os velhos de Higienópolis temerem o metrô. A última vez que chegaram perto de um vagão foram parar em Auschwitz”, afirmou o “humorista” em sua conta do Twitter.

Diversas manifestações antissemitas, ainda que em menor quantidade do que os outros tipos de manifestação, inundaram a rede.

Hoje, o Brasil tem cerca de 300 células neonazistas. Segundo a antropológa Adriana Dias, mestre pela Unicamp e que estuda o tema há dez anos, cerca de 150 mil brasileiros baixam mensalmente mais de cem páginas com conteúdos nazistas. Desse total, 15 mil são líderes e coordenam as incitações de ódio na internet.



Na esteira desse despertar, a atuação cada vez mais intensa de quadrilhas neonazistas foi alvo do maior pico de denúncias do relatório da Safernet. Em 11 de dezembro de 2011, a organização recebu mais de 21 mil denúncias de 11 perfis do Twitter que incitavam ódio a imigrantes, negros, judeus, mulheres e homossexuais. A mesma quadrilha alimentava um site próprio com o nome falso de Silvio Koerich.

Em 22 de março, a Polícia Federal prendeu dois homens acusados de serem os cabeças do grupo:  Emerson Eduardo Rodrigues, 32 anos, e Marcello Valle Silveira Mello, 29.

Além das inúmeras incitações à violência, a PF identificou plano para um ataque em massa a estudantes de Ciências Sociais na Universidade de Brasília, com data marcada e estratégias de ação.



Com 70 mil denúncias e 500 mil arrecadados em conta por doações de parceiros, o site mobiliza muita gente. Com senhas compartilhadas, mesmo depois da prisão, novos textos continuam a ser postados e as contas no Twitter permanecem ativas. Ao todo, Tavares calcula que mais de uma centena de perfis falsos foram feitos pela quadrilha.
Segundo ele, a Operação Intolerância, que procura agora os outros integrantes do grupo, foi um marco ao priorizar crimes cibernéticos e fazer uma investigação profunda para identificar os culpados.

“O Brasil ainda está engatinhando na repressão a crimes de ódio”, conta ele, que vê uma resistência do Judiciário a condenar pessoas acusadas de racismo, crime tipificado na lei.

Nos últimos dez anos, o movimento neonazista cresceu assustadoramente, segundo a antropóloga Adriana Dias. O número de sites passou de oito mil a 32 mil. Já o crescimento da atividade em fóruns de discussão online cresceu 400%, impulsionados pelo aumento da comunicação possibilitado pela internet.

Quando pessoas no Brasil são presas, células internacionais auxiliam financeiramente para bancar advogados. “A participação brasileira em fóruns internacionais nazistas é muito intensa”, afirma Dias. “Uma pessoa se comunica com qualquer outra com tradutor a dois toques”.


 O perfil do neonazista: 
A pesquisa de Adriana Dias identificou o perfil do neonazista brasileiro. Confira:

- Desses 300 grupos, 90% se concentram em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

-São brancos, homens, jovens, a maioria com ensino superior (completo e incompleto).

- Para se inserir nas células, é necessário ritual de iniciação. Geralmente, espancar gratuitamente um negro ou judeu na rua, e que pode levar à morte.

- Depois de aceito, o nazista recebe senha para acessar manual, que lhe dirá, entre outras coisas, como reconhecer um útero branco – a mulher perfeita para procriação de um neonazista.

- Todos eles enfrentam dificuldades de socialização.

- Muitos apresentam frustrações sexuais: o próprio Emerson Rodrigues afirmou em seus vários sites e perfis, que sua ex-namorada havia o deixado por um “negão”(sic).

- Muito se sentem ressentidos por supostamente terem perdido poder, com a entrada do PT, associado à esquerda, no governo – esse aspecto está ligado, sobretudo, ao preconceito contra nordestinos e à ascensão de uma nova classe média.

- São fundamentalistas religiosos – o que pode ajudar a 
confundir liberdade religiosa com crimes de ódio.

Disfarçada de Feminista, Sara Winter tem muitos ideais contraditórios que nos levam a crer em seu pezinho nazista.

Texto retirado de Carta Capital do dia 04/04/2012

Iaia... O nazismo continua para comprovar o quão podre ainda é o ser humano...

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O que acontece na calada da noite com toda poeira embaixo do tapete...


Nem é de se estranhar, mas escancara muito o sentimento de "deixa pra lá" e "isso nunca irá mudar" da nossa sociedade. Bastou a mídia parar de comentar e os Movimentos Sociais perderem a força extra que vinham ganhando para que o "santo" mostre suas garras...

Segue texto do Correio Braziliense para breve reflexão sobre até que ponto pode-se falar que um tema esta "desgastado" ou "enchendo o saco".


Feliciano põe 'cura gay' e discriminação contra heterossexuais em votação

Grupo de aliados na CDHM também quer derrubar a criminalização da homofobia - projetos devem ser votados na próxima quarta-feira (8/5)

Se é que o Diabo existe, creio ser essa sua face.


Já se passaram quase dois meses desde que Marco Feliciano (PSC-SP) foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, sob acusação de ser homofóbico e racista. Nesse período, diante dos protestos, o deputado e pastor evangélico evitou colocar propostas polêmicas na pauta do colegiado, marcando apenas audiências públicas sobre temas indígenas e votações de requerimentos sem grande impacto. Agora que as manifestações minguaram, Feliciano agiu: na noite de ontem, véspera do feriado, ele incluiu na pauta da próxima reunião da CDHM, na quarta-feira da semana que vem (8/5), três dos projetos mais controversos que tramitam na comissão, composta majoritariamente por seus aliados. Uma das propostas permite que psicólogos tentem curar homossexuais. Outra penaliza a discriminação contra heterossexuais. A terceira, que torna crime a homofobia, tentará ser derrubada pelos integrantes do colegiado.

O primeiro projeto suspende a validade de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) de 1999, que impede que psicólogos tratem homossexuais no intuito de curá-los de uma possível “desordem psíquica”. O texto controverso, de autoria do presidente da bancada evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), tramita desde 2011 na Casa. Chegou a passar pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), mas, antes de ter o parecer aprovado, foi para a CDHM, a pedido de parlamentares contrários. Com a nova composição do colegiado, porém, a matéria caiu nas mãos do pastor Anderson Ferreira (PR-PE), que emitiu parecer favorável, na semana passada.

Adriana Caitano
Publicação: 01/05/2013 06:05 Atualização: 01/05/2013 15:05

MINHA OPINIÃO: Assunto só deve ser encerrado quando solucionado. No caso desse ser, ainda não podemos fechar a temporada de caça.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Feliciano é uma benção de Deus!


Então, quer dizer que, ser contra o Dep. Pastor Marco Feliciano é ser contra o Cristianismo? Mas qual Cristianismo?

Segundo ele próprio, o único Cristianismo verdadeiro é o que ele prega, os demais, incluindo a badalada Igreja Católica, são seitas de adoração a Satanás.

Em vídeo, gravado há 12 anos e que recentemente foi postado no Youtube, o pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento afirmou que os católicos adoram Satanás, entregando seu corpo “à prostituição” e “a todas as misérias dessa vida.

O que acho mais engraçado nisso tudo é que até ontem, um grupo de católicos "defendiam" o Pastor por concordar que a oposição era "Radical" e uma apologia a "Ditatura Gay". E agora, como fica?

O inFeliciano disse:
“Se há algum católico entre nós aqui, o que eu duvido muito, mas, se tiver, deixa eu explicar uma coisa. Primeiro: você não pode sentir aquilo que nós sentimos sem experimentar o Deus que nós sentimos. ‘Não, pastor, não, pastor, mas eu sou carismático. Eu até aprendi a falar em línguas, colocaram uma fita no rádio e eu decorei.’ [Mas] Esse avivamento é o avivamento de Satanás.”

Nós, que nos colocamos ao lado dos direitos humanos e minorias, estamos tão cegos assim? Será mesmo?

Agora aparece um novo personagem, o Bispo dom Barbosa pedindo respeito a Igreja Católica. Tá, doeu né? Mas que tal sairmos desse patamar fundamentalista e de egos para pensarmos em humanos?

Respeito ao ser humano creio que seja um bom primeiro passo...

Eu hoje concordo com os pensamentos de Letícia Sabatella, creio que o Feliciano é uma benção de Deus, pois é um mal que vem para o bem.

“Feliciano é uma bênção de Deus, porque enfim as coisas vão acontecer em relação a homossexualidade, ao preconceito. Ele tem uma moral tão nazista, arcaica e egoísta, que está servindo para parecer o horror disso tudo. As pessoas estão se manifestando, assumindo suas relações. É um mal que vem para o bem”, declarou a atriz, que acredita que, em alguns anos, o preconceito irá acabar. “Assim como acabou a escravidão” - Letícia Sabatella